Para melhorar o método e o estilo de trabalho dos quadros, Kim Il Sung

somos de acá
12 min readDec 21, 2021

--

Como parte de “Sobre las tareas de las organizaciones del Partido”. Discurso resumen pronunciado en un pleno del Comité del Partido en la Provincia de Piong-an de Sur. 7 de enero de 1960.” en Kim Il Sung, Obras, tomo 14.

Nesta plenária do Comitê do Partido da Província de Pyongyang do Sul, me dei conta de muitas coisas ouvindo o informe do camarada presidente do comitê provincial e as intervenções de numerosos companheiros.

Em particular, na plenária percebi que nosso quadros se valem do método administrativo para tudo.

No passo, os imperialistas japoneses governaram o povo coreano com um “absolutismo policialesco”, usando como único método o da dominação, e ordenaram tudo pela via administrativa.

Já se passaram 15 anos desde a liberação de nosso país do jugo colonial do imperialismo japonês. Mas entre nossos quadros não desapareceu ainda esta rotina de recorrer ao método administrativo para tudo. Hoje em dia este é o defeito principal das atividades dos nossos quadros.

Por método administrativo de trabalho se entende aquele que se vale de ordens e castigos. Ou seja, governar pela força da autoridade.

A batalha pela construção do socialismo e o comunismo é uma luta revolucionária. A luta armada anti-japonesa que construímos no passado foi uma revolução pelo estabelecimento dos comitês populares, a realização da reforma agrária, a nacionalização das indústrias e a cooperativização agrícola depois da libertação; do mesmo modo, a batalha que lutamos hoje contra os imperialistas norte-americanos é também uma revolução.

Por quem construímos a luta revolucionária? Para o bem-estar das massas populares. Ou seja, a revolução é feita para construir o paraíso socialista e comunista onde todos possam viver igualmente felizes, bem alimentados e vestidos e sem que hajam privilegiados nem humilhados.

A revolução não pode ser promovida somente pela força de uma ou duas pessoas. É uma obra das massas populares e para as massas populares. Por isso, para que triunfe a revolução, é indispensável a participação das amplas massas populares e sua mobilização por métodos políticos na luta revolucionária.

Não digo, é claro, que não precisemos absolutamente do método administrativo na revolução. Por exemplo, quando se organizam as fileiras, se todo mundo quiser colocar-se à frente e não à retaguarda, não poderemos ficar organizados. Então precisaremos empregar o método administrativo, ou seja, ordenar a fulano para ficar à frente e a ciclano para ficar à retaguarda.

Além disso, pode haver pessoas que sejam difíceis de educar, por mais que tentemos. Elas precisarão ser domadas através do método administrativo, que não é, portanto, totalmente desnecessário.

Mas este método não passa de um dos meios do trabalho revolucionário, e nunca pode ser um recurso onipotente.

Não obstante, na atualidade nossos quadros o aplicam em todos os trabalhos como se fosse uma panaceia. Isto é algo completamente equivocado.

Para mobilizar à revolução uma multidão de pessoas, que podem ser heterogêneas, é preciso criar consciência e guiar a todas elas sem exceção. Conscientizar as pessoas significa conduzi-las pelo caminho da revolução.

Como dizemos sempre, para despertar a consciência dos homens é necessário dar prioridade ao trabalho político. Temos de aplicar este método em qualquer trabalho.

Dar prioridade ao trabalho político significa inspirar os homens ao cumprimento das tarefas revolucionárias fazendo com que eles conheçam seu objetivo, seu significado e o método para cumpri-los, de modo que estejam mobilizados e conscientes.

Por exemplo, se este ano queremos realizar a mecanização no campo, é preciso explicar sua necessidade, suas vantagens e seu método, assim como quem deve ir à frente. Deste modo, devemos conduzir as pessoas a tomarem parte ativa na luta pela mecanização do campo, decididas a conclui-la sem falta porque é uma tarefa muito importante e necessária.

O objetivo destas reuniões que duraram alguns dias consiste também em reconhecer que erros foram cometidos no cumprimento do plano da economia nacional no ano passado, em como trabalhar para corrigi-los e cumprir exitosamente o deste ano, de que maneira realizar a mecanização da economia rural e como melhorar e intensificar o trabalho do comitê popular. Assim, esta plenária não é uma reunião administrativa mas sim uma reunião e um trabalho político, destinada a despertar e mobilizar a todos. Não é preciso dizer que precisamente para dar prioridade ao trabalho político, não se deve realizar reuniões com frequência.

Os métodos de trabalho político são diversos: a reunião, as conversas, as palestras, as conferências, os jornais, etc.

Hoje entre nossos quadros temos não poucas pessoas que não trabalham dando prioridade ao trabalho político, mas sim unicamente ao trabalho administrativo. Até os quadros partidários se valem deste método. Como resultado, o trabalho do Partido vai se tornando puramente administrativo.

Há quadros partidários que não educam os militantes, mas sim que os sancionam ou rotulam de má fé as pessoas por qualquer mínimo erro que cometam, aduzindo sua origem social e outras coisas. Este é um estilo de trabalho prejudicial que separa o Partido das massas populares.

Os coreanos têm muitos resíduos da ideologia do imperialismo japonês porque viveram sob sua dominação colonial. Entre eles estão os que para ganhar o sustento, serviram em suas organizações como empregados, professores ou operários. Ao fundar o Partido, imediatamente depois da libertação, nos deparamos com esta situação. Devemos, portanto, agrupar a todos, exceto um número pequeno de elementos pró-japoneses e contrarrevolucionários que, como lacaios dos imperialistas nipônicos, se opuseram à revolução e assassinaram seus compatriotas.

É claro que entre os militantes pode haver elementos atrasados. Se não fosse assim, o trabalho educativo do Partido não seria necessário. Mas eles existem e é por isso que realizamos o trabalho de educá-los para transformá-los e mobilizá-los para a revolução.

O principal trabalho do Partido deve ser o da educação.

A organização do Partido é como uma mãe para seus membros, e estes são como seus filhos. E o quando não se esforça uma mãe para que seus filhos mantenham-se no caminho certo! Entre eles pode haver um de temperamento forte, outro muito revoltado, outro de bom coração e outro de má conduta. Mas a mãe os ama e educa por igual. Se preocupa sempre se eles sentem fome ou frio, lhes aconselha para que não caiam nos vícios e, quando cometem erros, sentindo-se aflita, os repreende rigorosamente e os educa. Assim a mãe ama a seus filhos com todas as fibras de seu ser. Por isso não há filho que aborreça a sua mãe.

Nossos quadros partidários devem amar os militantes como uma mãe ama seus filhos. Neste caso, amar é educar. Não pode existir o amor separado da educação.

Os presidentes dos comitês de distrito ou comuna do Partido devem conhecer bem os militantes e educá-los constantemente conforme suas condições individuais, prevenindo os erros que possam cometer.

Nossa experiência demonstra que se os quadros responsáveis conhecem bem os militantes, os amam e os guias de acordo com suas características, não fracassam em nenhum trabalho.

O mesmo ocorreu quando construíamos a luta armada anti-japonesa: se os chefes amavam e guiavam minuciosamente seus soldados, a marcha ia bem; caso contrário, não conseguiam êxitos.

No caso, por exemplo, de enviar uma incursão de exploração, o comandante lhes dava indicações minuciosas sobre um mapa: se vocês passarem tal montanha aparecerá um caminho que devem cuidar-se ao cruzar porque pode haver emboscada dos japoneses; em tal outro lugar há uma aldeia onde é provável que existam espiões, e por isso devem andar atentos; se lhe perguntarem algo, respondam de tal modo, etc. Então os exploradores regressavam tendo cumprido a totalidade da missão. Mas se o comandante não lhes dava indicações concretas, mas sim, unicamente a tarefa de reconhecer certo objetivo em tal lugar, então irremediavelmente cometiam algum erro ou regressavam tendo fracassado.

O presidente do comitê do distrito ou a comuna do Partido, ao designar os militantes para as tarefas, estas devem ser explicadas detalhadamente. Tudo isto faz parte da educação. Ela não se limita ao que se ensina na escola ou nos centros de educação.

Mas atualmente alguns quadros não educam nem cuidam dos militantes, e quando estes cometem erros, os repreendem a tratam de castigá-los. Não devemos proceder assim.

Nossos militantes são companheiros revolucionários que se uniram em um só campo durante 15 anos, desde a libertação até o presente, através das duras batalhas pela transformação da natureza e a sociedade e os sangrentos combates contra nossos inimigos. Participaram unanimemente na luta para estabelecer o Poder Popular, efetuar a reforma agrária, a nacionalização das indústrias e outras reformas democráticas; durante a Guerra de Libertação da Pátria combateram, derramando seu sangue, contra a invasão armada dos imperialistas yankees, e depois dela lutaram para reconstruir das ruínas as fábricas, empresas e habitações, assim como para organizar cooperativas agrícolas e implantar o regime socialista. Os quadros do Partido devem saber apreciar estes companheiros revolucionários, educá-los e agrupá-los.

Se uma mãe repreende e golpeia seu filho cada vez que o vê, este não poderá amá-la ainda que ela tenha lhe dado a luz e criado. Mas a respeitará e amará, sem exceção, se ela o amar de coração e corrigir seus erros carinhosamente. Os trabalhadores de nosso Partido devem levar a cabo suas atividades com afeto maternal.

É preciso consolidar a unidade e coesão do Partido.

Este problema foi insistentemente sublinhado na Plenária de Dezembro de 1959 do Comitê Central do Partido. Somente fortalecendo sua unidade e coesão poderemos cumprir com êxito as imensas tarefas revolucionárias que enfrentamos.

Até hoje levamos a cabo muitos trabalhos, mas ainda nos faltam muitos para realizar. Os comunistas coreanos têm diante de si as importantes tarefas de fortalecer ainda mais a base material e técnica do socialismo, acelerando com entusiasmo a edificação socialista no Norte da República, reunificar a Pátria e construir a sociedade socialista e comunista em toda a Coréia. Nossas tarefas são imensas e nos restam muitas montanhas para escalar. Para conquistar os cumes íngremes do socialismo e da reunificação da Pátria devemos juntar, em um só, milhões de militantes e consolidar a unidade de ferro e coesão do Partido.

Mas para consolidar esta unidade e coesão, não queremos que se descuide a luta de classes nem a batalha ideológica no Partido. Se não libertamos a luta ideológica, aparecerão no Partido concepções capitalistas e outras ideias nefastas. Devemos combatê-las duramente sem entrar em nenhum compromisso.

Na sociedade socialista a luta de classes assume duas formas. Uma é a educação e a outra é a violência. Os que são suscetíveis de serem educados, é preciso que sejam transformados por este método, mas os inimigos reacionários devem ser tratados com a violência. Temos que expulsar do Partido os elementos que o destroem de dentro com suas ideias hostis. Mas devemos confiar nos que cometem erros no curso do trabalho ou têm um passado social e político complexo, e nos unirmos com eles, educando-os e transformando-os.

Como disse aos trabalhadores da agitação e propaganda do Partido, durante a luta armada anti-japonesa não tivemos outra coisa para nos apoiar que não a unidade. Lutávamos confiando unicamente na unidade e na coesão ideológica das fileiras revolucionárias.

Se os guerrilheiros anti-japoneses tiverem participado na luta revolucionária por imposição alheia, provavelmente teriam ruído nos momentos difíceis. Mas, como eram revolucionários que se uniram voluntariamente à Guerrilha Anti-japonesa com a decisão de combater o imperialismo japonês, lutaram com risco de vida confiando uns nos outros e se ajudando mutuamente. Se entre eles houvesse um que não quisesse lutar com os outros, poderia ter escapado com seu fuzil quando fosse sua troca de turno. Mas confiávamos firmemente em todos os soldados e lutávamos contra os inimigos e ajudávamos uns aos outros. Essa confiança e unidade férrea com os camaradas revolucionários nos permitiram conquistar a vitória nos 15 anos de luta contra o imperialismo japonês. A experiência da luta armada anti-japonesa nos mostra que somente podemos triunfar na luta armada quando confiamos, apreciamos e nos unimos aos nossos camaradas.

Todos os que militam agora em nosso Partido, ingressaram nele voluntariamente, aceitando seu Programa e Estatutos, para construir o socialismo e o comunismo.

Se como resultado da libertação, quando fundamos o Partido, tivéssemos apartado tal ou qual pessoa impondo a ela as piores condições, não teríamos conquistado realizações tão grandes como as que vemos hoje. Se os militantes do Partido não tivessem se unido e confiado mutuamente, não poderíamos ter fundado o Poder Popular, nem efetuar a reforma agrária, a nacionalização das indústrias e outras reformas democráticas, nem tampouco realizar façanhas tão notáveis como foi rechaçar a invasão armada dos imperialistas yankees, reabilitar sobre as cinzas de uma economia nacional destruída e estabelecer o regime socialista.

O poderio e a combatividade atuais de nosso Partido se deve a sua sólida unidade e coesão e ao firme aglutinamento de todos os militantes em torno do Comitê Central.

A história de nosso Partido é a de consolidação de sua unidade e coesão na luta. Vocês devem conhecê-la bem, assim como sua linha política.

No futuro devemos consolidar ainda mais esta unidade e coesão. É provável que os quadros e os demais militantes cometam erros no trabalho. Em tais casos não se deve tolerá-los, mas sim criticá-los a tempo e corrigi-los. Contudo, não está permitido castigá-los e expulsá-los do Partido. Ainda que tenham cometido erros, é preciso seguir empregando-lhes, unindo-os, educando-os e transformando-os.

O trabalho do Partido constitui, precisamente, em um trabalho educativo e político. As organizações partidárias têm de educar e aconselhar os quadros e outros militantes e elevar suas capacidades políticas e práticas para que todos eles cumpram plenamente suas tarefas revolucionárias.

Os quadros de organismos administrativos e econômicos consideram que o trabalho político é da incumbência dos trabalhadores do Partido, enquanto eles devem realizar os pormenores administrativos e econômicos, e que por isso devem trabalhar de modo impositivo. Estão equivocados. Tampouco eles devem aplicar em seu trabalho o método administrativo, mas sim o método político que consiste em adentrar-se nas massas, divulgar amplamente a linha política do Partido, ensinar-lhes a maneira de executá-la e mobilizá-las em sua materialização.

No exército, antes de dar a ordem de combate, o chefe informa os soldados quais inimigos combater, porque combater, a forma de fazê-lo, assim como seu número e local de deslocamento. Do mesmo modo, os quadros dos organismos administrativos e econômicos precisam antepor o trabalho político a todos os demais.

Os responsáveis dos organismos administrativos e econômicos são, sem exceção, membros do Partido do Trabalho. Todos os militantes devem levar a cabo o trabalho político. Também os pormenores econômicos podem ser realizados com êxitos quando se realizam através do método político.

No passado, o ministro e os vice-ministros da Indústria Metalúrgica frequentaram dia e noite, por conta de viagens de orientação, a Fundição de Ferro de Hwanghae, mas seu trabalho não ia bem. Para encontrar a causa, fomos lá, convocamos uma reunião do Partido e escutamos as opiniões dos militantes. Entre eles havia muitos e excelentes elementos, que analisaram ponto a ponto a causa da deficiente marcha da produção, deixando claros muitos problemas interessantes. Assim, para aprofundar-nos mais no estudo dos problemas, prolongamos 3 dias tal reunião e logo iniciamos reuniões para organização da oficina.

Eu participei na reunião do Partido na oficina de aço. Neste local havia muitos militantes, que criticaram na reunião tal ou qual defeito e propuseram esta ou outra forma de melhorar o trabalho. Logo após sintetizar suas boas sugestões, reabrimos a reunião do comitê do Partido na fábrica e tomamos as medidas para retificar os erros. Como resultado, atualmente na Fundição de Ferro Hwanghae a produção só aumenta.

O que isso demonstra? Que para alcançar êxitos em qualquer tarefa, é indispensável realizar o trabalho político.

Na Fundição de Ferro Hwanghae, conseguimos encontrar mediante o trabalho político a causa da deficiência na produção, mas o ministro da Indústria Metalúrgica não pode lidar com ela porque, sem realizar o trabalho político, se encontrou somente com o diretor e o engenheiro-chefe e regressou. Portanto, nos trabalhos partidário, administrativo e econômico é preciso acabar de uma vez para sempre com o exclusivismo do método administrativo e aplicar de maneira fundamental o método político.

Isto não significa, é claro, que os organismos do Poder Popular devem desistir do trabalho administrativo. Ao falar de exercer o método político, não queremos dizer que se deixe de lado o trabalho administrativo, mas sim que, dando preferência ao trabalho político, é preciso realizá-lo por meio da organização e mobilização de massas.

Sublinhamos uma vez mais que o principal do trabalho partidário é a educação. Por isso, não se permite nela o procedimento administrativo. Devemos eliminá-lo por completo, entre os trabalhadores do Partido, assim como o formalismo e o burocratismo, e estabelecer com firmeza o método revolucionário e o estilo popular de trabalho de nosso Partido para registrar um grande avanço nas atividades do mesmo.

A fim de cumprir plenamente as tarefas designadas, as organizações do Partido devem melhorar o papel de seu comitê.

Isto não significa absolutamente que o presidente e os outros membros do comitê do Partido abusem de sua autoridade, mas sim que discutam coletivamente todos os trabalhos no comitê e dividam as tarefas entre eles e os quadros administrativos para levá-las a cabo. Assim devem trabalhar todos os comitês do Partido, sejam os de fábrica, de distrito ou de província.

O Partido é, literalmente, uma organização política integrada por muitas pessoas. Intensificar a direção e o controle do Partido significa que suas organizações discutam e resolvam coletivamente em seus respectivos comitês todos os problemas colocados e realizem de mesmo modo suas atividades de direção e controle. Por isso lhes cabe intensificar a consulta, a direção e o controle coletivo de seus comitês.

É preciso elevar o senso de responsabilidade dos quadros. Isto significa cumprir seu papel em prol da revolução. Caso contrário, não podem efetuar suas tarefas revolucionárias.

Os quadros devem empenhar-se em ampliar seu senso de responsabilidade e realizar pontualmente todas as tarefas, sentindo-se aflitos quando veem um trabalho indo mal. Mostrar-se indiferente, não importar-se se a tarefa designada seja cumprida ou não, indica uma atitude preguiçosa no trabalho. Nossos quadros que lutam pelo comunismo não podem proceder assim. Todos eles, elevando cada vez mais seu sentido de responsabilidade, terão que realizar satisfatoriamente suas tarefas revolucionárias.

--

--

somos de acá
somos de acá

No responses yet