O proletariado e a arte, Alexandr Bogdánov

somos de acá
2 min readNov 20, 2021

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Trecho escrito em 1918, traduzido do inglês em “John E. Bowlt, ed., Russian Art of the Avant-garde: theory and criticism, 1902–1934 (New York: Viking Press, 1976), pp. 176–177.” e cotejado com a tradução para o espanhol de Luis Salvatierra.

1 — A arte organiza as experiências sociais por meio de imagens vivas em relação com o conhecimento e com os sentimentos e aspirações. Consequentemente, a arte é a arma mais poderosa para organizar as forças coletivas em uma sociedade de classes — as forças de classe.

2 — Para organizar suas forças em seu trabalho social, sua luta e construção, o proletariado necessita de uma nova classe artística. O espírito desta arte é o coletivismo do trabalho: assimila e reflete o mundo desde o ponto de vista do coletivo laboral, expressa a importância de seus sentimentos, de seu espírito de sua e de seu desejo criativo.

3 — Não se deveria aceitar passivamente os tesouros da arte antiga; naqueles dias eles educavam a classe operária em espírito cultural das classes dominantes e, portanto, no espírito de subordinação ao seu regime. O proletariado deveria aceitar os tesouros da arte antiga à luz de sua própria crítica, e sua nova interpretação revelará seus princípios coletivos ocultos e o significado de sua organização. Provarão ser um valioso legado para o proletariado, uma arma em sua luta contra o mesmo mundo que os criou e uma arma em sua organização do novo mundo. A transferência deste novo legado deve ser feita por críticos proletários.

4 — Todas as organizações, todas as instituições, dedicadas a desenvolver a causa da nova arte deve estar embasada na colaboração estreita, uma que educará seus trabalhadores na direção do ideal socialista.

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